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by Marcia Cardoso 12 years, 8 months ago
Mundo Unix
1989
Criado /usr/group. Mundo Unix. março/89. Ano 1. número 0. p 4.
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já está formado o primeiro grupo de usuários Unix no Brasil: o /usr/group/brasil.
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tem como finalidade a divulgação do uso do ambiente operacional Unix, o intercâmbio de informação e esforços cooperativos.
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Estará filiado ao /usr/group, entidade que engloba outros grupos de usuários em 11 países.
Linha X cresce. Mundo Unix. março/89. Ano 1. número 0. p 4.
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A Cobra lançou este mês o X20, que vem juntar-se ao X10.
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O X20 utiliza processador 68030 com frequência de clock de 20 Mhz e gerência de memória implementada no próprio 68030.
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X20 possui modelos com 4 ou 8 Mbytes de memória principal.
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Além da linha X, a Cobra também movimenta-se com as baterias de testes às quais vem submetendo o SOX, junto à empresa norte-americana Unisoft, visando o selo de aderência ao conjunto de especificações do X/Open, conforme a segunda versão do Portability Guide (XPG).
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Em janeiro e fevereiro, técnicos da Cobra estiveram acompanhando, nos EUA, os testes que verificam se sistemas Unix-like estão de aocrdo com os ambientes de interface entre o sistema operacional e as aplicações desenvolvidas em conformidade com o CAE – Common Application Environment.
Nova máquina. Mundo Unix. março/89. Ano 1. número 0. p 5.
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Uma nova empresa no segmento de supermicros é a Radix – Sistemas Multiusuários S.A., capitaneada pelo engenheiro eletrônico Marcos Rosenthal, ex-labo, ex-Olivetti e ex-Digibrás.
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Sua máquina M320 (multiusuário, 32 bits , primeira série) pode ser configurada em diversos portes, indo de 10 a 120 terminais.
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O novo computador possui processador Motorola 68020 a 17Mhz.
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O SOX foi licenciado e transportado para a nova máquina buscando, segundo porta-voz da empresa, a maior compatibilidade com SVR2.
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ferramentas oferecidas inicialmente são linguagens C, Cobol, Basic, bem como protocolos de comunicação BSC3, SNA/SDLC e X.25.
O mercado e os padrões: Unix é causa ou efeito? Mundo Unix. março/89. Ano 1. número 0. p 6.
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na área de informática, a questão da falta de padrões apresenta o agravante de impactar violentamente os processos de migração de sistemas comuns a um ambiente com tal evolução tecnológica.
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preocupados com este quadro, associações, grupos de usuários e estudiosos do mundo inteiro, inclusive em nosso país, se dedicam a obter uma especificação de sistema operacional que minimize os impactos da migração de aplicações, preserve os investimentos feitos em software e recursos humanos e proporcionar um conjunto de ferramentas básicas.
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o Unix firmou-se no mercado pelo fato de possuir um projeto baseado em filosofia aberta, e de ter concentrado o interesse e criatividade da comunidade científica e acadêmica, há mais de 15 anos.
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Tão certo é o futuro sucesso do Unix que no momento o mundo assiste a um verdadeiro duelo de Titãs entre grandes associações de fabricantes e software-houses.
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De um lado, a OSF, encabeçada pela IBM e pela DEC.
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De outro, a Unix International, capitaneada pela AT&T e pela Sun, luta pela continuidade da versão System V.
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De fato, trata-se de uma luta pelo mercado da próxima década, e a escolhida retórica de padronização é insuficiente para esconder tais interesses.
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No que tange à padronização no mundo Unix, existe uma peculiaridade: o Unix é a causa, não o efeito.
Consórcio de fabricantes planeja assumir desenvolvimento do SOX. Mundo Unix. abril/89. Ano 1. número 1. p 6.
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um elemento novo promete contribuir para o esclarecimento da situação da Cobra e, principalmente, da evolução do sistema operacional SOX.
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já está sendo formada a EPS – Empreendimentos e Participações em Software, um consórcio de empresas fabricantes que irá formar a SOX S A, visando o desenvolvimento, a produção e comercialização do SOX.
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a Abicomp prevê que com um capita equivalente a US$ 1 milhão, a SOX S A teria estrutura financeira para se manter por 24 meses.
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Embora ainda não tenham fechado sua posição, as empresas fabricantes de supermicros Edisa, SID, Digirede, principais fornecedores de sistemas Unix do país e já comprometidas com o licenciamento do System V de AT&T, deverão integrar o grupo.
Sox busca evolução e certificado X/Open. Mundo Unix. abril/89. Ano 1. número 1. p 9.
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O SOX atualmente em seu release 2, deverá evoluir, segundo Manuel Lage, diretor de desenvolvimento, rumo aos padrões internacionais do X/Open. “Iremos buscar a funcionalidade do SVR4, mas não com a mesma implementação dos serviços”, diz ele.
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a equipe trabalha com serviços de rede; interfaces gráficas com usuário; sistemas de gerenciamento de janelas, em cooperação com o NCE.
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a Cobra está concluindo, junto à empresa norte-americana Unisoft, os testes de conformidade do SOX ao XPG 87 – versão 2 do X/Open.
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Após cerca de quatro semanas de testes contínuos , a empesa está confiante na homologação e entrará brevemente com pedido de utilização do logotipo X/Open.
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o aval do grupo X/Open é de grande importância para o SOX, principalmente no momento em que seu destino está sendo decidido a partir da tentativa da Abicomp junto ao BNDES para viabilizar a empresa SOX S A
Faller, Newton. O equívoco da liberação do Unix em 1989. Mundo Unix. abril/89. Ano 1. número 1. p 27.
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Em janeiro de 1989 fomos surpreendidos pela notícia de que a SEI havia liberado a importação do Unix System V.3 da AT&T. Também nós, que somos os repsonsáveis pelo desenvolvimento do PLURIX, achamos que o Unix deve ser acessível aos fabricantes e usuários nacionais. Mas não o System V.3 e não em 1989! As nossas razões seguem abaixo.
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Em primeiro lugar, o país não tem uma necessidade urgente de ter acesso especificamente ao Unix da AT&T. Não existe uma cultura Unix no Brasil e o incipiente mercado Unix tem sido suprido pelas inúmeras alternativas, supostamente nacionais, devidamente registradas na SEI.
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Em segundo lugar, as alternativas nacionais (SOX da COBRA e PLURIX do NCE/UFRJ), isto é, as únicas que são acessíveis através de licenciamento no país, estão em fase final de homologação.
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... podem atender a uma parte do mercado. Isto representa .. menos remessa de dólares para o exterior e mais empregos qualificados no país.
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Em terceiro lugar, definiu-se no exterior um padrão para todos os sistemas operacionais com filosofia Unix através de uma organização internacional chamada X/OPEN. (...) todos os grandes implementadores destes sistemas, inclusive a AT&T, já concordaram em respeitá-lo.
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Em quarto lugar, o Unix cuja importação está sendo liberada (Unix System V.3) é obsoleto. Já de há muito se sabe que Unix precisa ser reescrito. O System V.4, prometido para o segundo semestre de 1989, será a primeira versão Unix a tentar superar essas deficiências.
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Em quinto lugar, a OSF ( Open Software Foundation), que tem o apoio de empresas como a IBM e a DEC, promete para o início de 1990 a liberação do seu OSF-1 também totalmente compatível com as normas do X/Open. O OSF-1 pretende .... estar acessível à comunidade internacional sem o estigma de ser um produto atrelado a uma única empresa.
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para aqueles que simplesmente pagam mais querem ter, no mínimo, um sistema operacional decente, importar o Unix em 1989 é um equívoco!
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a nossa proposta para a questão do Unix é bastante simples: incentivos para que durante os próximos meses o mercado utilize e critique as alternativas necionais enquanto, para uma eventual importação, estuda-se entre o Unix System V.4 e o OSF-1 qual a alternativa internacional que melhor atende aos interesses nacionais.
Agora junto à Tesis e HP, Edisa amplia linha de máquinas Unix. Mundo Unix. maio/89. Ano 1. número 2. p 4.
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Com a fusão Edisa-Tesis-HP do Brasil, a nova Edisa Informática adiciona ao status de líder de mercado de supermicros uma linha de produtos bem mais ampla.
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Incorpora divisões distintas ... como calculadoras eletrônicas e equipamentos de teste e medição às suas antigas áreas de automação bancária e computadores de uso geral, além da divisão de sistemas técnicos para trabalhar nas estações de trabalho 68020 e 30 com Unix HP-UX, da Hewlett-Packard.
Futuro do SOX ainda requer definições. Mundo Unix. maio/89. Ano 1. número 2. p 6.
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A questão dos sistemas Unix no Brasil permanece confusa, muito dada a indefinição sobre os rumos do SOX. A mais recente conquista do sistema da Cobras, o selo de conformidade com as especificações da X/Open, traz a merecida credibilidade do software, mas pode não ser suficiente para garantir um futuro estável.
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O empenho da Abicomp em assumir o controle do sistema através da SOX S/A fica um tanto esvaziado pela não adesão dos fabricantes de supermicros, interessados diretos na questão do sistema Unix.
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Edisa, Digirede e Sid não se motivaram a participar. Os três sustentam que já possuem hoje sistemas operacionais aceitos no mercado, e têm outras prioridades de investimento, inclusive o porte do system V release 3.1, cujo licenciamento a SEI já aprovou para a Edisa e a Sid.
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Para o presidente da Cobra, Ivan da Costa Marques, este é um tipo de visão imediatista que hoje domina. “A questão do SOX tem a ver com a competitividade de nossas empresas que visem a exportação”.
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Marques destaca que, avaliando a questão dos royalties a longo prazo, o investimento nacional com o SOX, que consumiu US$ 20 milhões no desenvolvimento, pode ser compensado. “Trazer o System V da AT&T e o próprio Xenix será um impacto no balanço de pagamentos do país.”
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A posição inicial da Cobra é de fixar o preço do SOX em cerca de 75% do sistema da AT&T.
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O presidente da Digirede, Arnon Schreiber, não acredita que o governo vá capitalizar e subsidiar as cópias do SOX. Apesar de considerar que o SOXdeve ser prestigiado, Arnon decidiu não entrar na SOX S/A. “É um impasse difícil. Para os fabricantes que apostaram no Unix primeiro, e abriram o mercado, não é justo esperar pelo SOX e se igualar a empresas que estão chegando agora”, diz ele.
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Também, Nelson Wortsman, diretor superintendente da Sid, concorda que é “um pouco tarde para entrar neste barco. Investimos US$ 10 milhões e cinco anos no Sidix, e esperamos agora o retorno”.
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Pela Edisa, o presidente Flavio Sehn garante que hoje o esforço é no porte do System V release 3. “Temos uma ótima equipe de software, mas não vamos ficar sempre correndo atrás do que se faz lá fora. Para nós é vantagem pagar para a AT&T.
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O fato da Cobra ter entrado com recurso no CONIN contra a decisão da SEI de aprovar o licenciamento do System V, pedido pelas empresas Sid e Edisa, pode emperrar um pouco os anúncios de disponibilidade do Edix V, do Digix V e Sidix 3.1.
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Para os fornecedores envolvidos na questão, contudo, a avaliação é clara: a aprovação do componente importado dos sistemas lhes garante, por lei, tranquilidade para prosseguir no porte e nas extensões do sistema.
Um esforço respeitável. Mundo Unix. maio/89. Ano 1. número 2. p 6.
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Existe muito mais no SOX do que a badalada quantia de US$ 20 milhões. O maior esforço de desenvolvimento de software que o país já fez, o sistema começou a ser concebido no primeiro semestre de 1984.
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Inicialmente pensava-se implementar um sistema compatível com a versão 7 do Unix, porém, em 1985 a AT&T publicou o “System V Interface Definition”, onde são especificados a interface e os comandos do Unix v. 2. O SVID foi, então, adotado como base para o SOX.
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As 50 mil linhas de fonte geradas, sendo 44 mil para o sistema operacional residente e 6 mil de biblioteca, foram escritas em linguagem C e assembler. O desenvolvimento foi em computadores da linha 500 e, mediante um cross-compiler, o código foi gerado para os processadores Motorola.
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Os trabalhos do SOX ocuparam vários projetistas: no núcleo, 4; no servidor, 5; no shell, 3; nos controladores, 5; na linguagem C, 4; no sistema de arquivamento, 3; nos comandos, 6; no teleprocessamento, 15 projetistas.
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Atualmente, a Cobra mantém contratos de licenciamento do SOX com as empresas Labo, EBC, Radix, Scopus e Itautec. A evolução do SOX, segundo a Cobra, prevê multiprocessamento , memória virtual, X-Windows, uma interface gráfica com usuário, e na parte de rede, serviços de arquivo e suporte a terminal.
p.14-15 – Propaganda sobre o SOX e Placa SOX-PC
Murquia, Luis Eduardo. Guerra do Unix: a opinião dos especialistas. Mundo Unix. maio/89. Ano 1. número 2. p 23.
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Cenários possíveis no futuro do Open Software Foundation: ou desaparece nas disputas políticas dos fornecedores associados, ou será uma verdadeira empresa independente de desenvolvimento de software.
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Os ambientes Unix apoiados por OSF e o rival, liderado por AT&T, Unix International (UI), ..., são extremamente similares. A diferença está na decisão da UI basear-se no Unix, System V da AT&T, quando de o OSF tem escolhido como base o AIX da IBM.
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As similaridades entre os padrões do OSF e UI farão que o “mundo Unix” seja menos confuso para usuários finais e para empresas de software. O ideal será ter única fonte de implementação Unix.
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Existe uma chance de 50% que o OSF e o UI se adequarãoo aos padrões POSIX e X/Open.
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Padrões são uma consequência de um marketing de sucesso e de uma grande participação de mercado.
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Em setembro de 1988, foi comercializada a licença Unix número 1000000.
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Unix tem crescido no segmento de supermicro e supermini.
Dantas, Marcos. Desenvolver, desenvolvemos. mas, o futuro... Mundo Unix. junho/89. Ano 1. número 3. p 4.
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desenvolvimento de produtos e processos é a própria essência de indústria de informática. Convoca o trabalho de engenheiros e técnicos que resultará na maior agregação de valor e na diferenciação de produtos finais.
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A política Nacional de Informática visou impedir a “taiwanização” do Brasil na informática. Recusamo-nos à função função de meros montadores de produtos projetados no exterior; reivindicamos a criação de uma competência nacional para , também, projetá-los.
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Em cerca de 60 empresas industriais que representam 90% do mercado, estão empregados 15 mil engenheiros, montaram-se 15 mil metros quadrados de laboratórios de desenvolvimento de máquinas e programas.
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“desenvolver” não se limita a “desenhar” um novo produto. Desenvolve-se, também, em mercadologia, em processos, em assistência técnica.
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Tudo isto pode ser insuficiente para sustentar a próxima etapa da PNI que deverá buscar a competitividade internacional da tecnologia brasileira. Das duas, uma: ou aglutinamos e damos porte às empresas nacionais, ou nossas equipes de desenvolvimento logo se transformar-se-ão em meros apêndices de poderosas equipes multinacionais (olhando bem, é o que se começa a vislumbrar).
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A resposta da Cobra é uma série de melhorias no SOX. Mundo Unix. Outubro 1989 Ano I no. 7 p.8. Computer World do Brasil.
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a resposta da Cobra à spressões para que desista do recurso impetrado ao CONIN, para que considere o UNIX da AT&T similar ao SOX, parece ser uma série de implementações novas neste sistema operacional.
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Para comunicação com o próprio ambiente Unix, o primeiro produto é uma rede local padrão ETHERNET, onde o servidor de arquivos X-10 fornece os serviços RFS (Remote File System), permitindo acesso remoto e transparente a arquivos Unix like.
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Para demonstrar a conectividade de dentro do padrão OSI, os equipamentos Cobra (X-10 e X-20) estarão ligados em rede local.
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Cobra responde ao manifesto dos cinco. Mundo Unix. Outubro 1989 Ano I no. 7 p.8. Computer World do Brasil.
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listando o que considera 9 mentiras e 25 meias verdades ou colocações equivocadas, a Cobra fez um texto didático para responder ao conhecido manifesto dos cinco, onde as empresas Edisa, Sid, Digirede , Sisco e Medidata defendem a aprovação do Unix da AT&T.
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A resposta da Cobra , enviada aos membros do CONIN, vem com um total de 22 páginas.
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A Cobra afirma que o objetivo do manifesto é o de confundir o Conin.
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O texto questiona os investimentos, que tres fabricantes de supermicros alegam ter feito em seus sistemas UNIX-like. Embora tivessem apresentado os sistemas operacionais à SEI como 100% nacionais, o documento da Cobra diz que “os pesados investimentos das empresas Digirede, Edisa e SID, precisam ser melhor explicados, exibidos, entendidos e quantificados. O que diz o mercado é que boa parte destes investimentos está nas empresas americanas Aleujon(?), White-Smiths e Convergent, respectivamente”, e pondera que o Conin ou a SEI teria condições de realizar uma perícia técnica necessária.
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Afirma ainda que é falsa a afirmação do manifesto de que os sistemas operacionais do tipo Unix que forem independentes da AT&T deverão desaparecer.
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Segundo o presidente de uma destas empresas, sobre as insinuações da Cobra de que os sistemas SIDIX, DIGIX e EDIX basearam-se em produtos de fora, ele admite que “isto não é totalmente inverdade e é do conhecimento do mercado, mas de todo modo foi feito um investimento significativos neles.”
1991
1992
mundo-unix
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